02/02/2016

Seu Perigoso: O Maior Matador de Onças do Pantanal - Causos




Quem gosta do clima de fazenda conhece bem aquele momento em que, na roda do tereré ou do mate, proprietários e peões se juntam para contar um causo de assombração, relembrar uma cobra traiçoeira, falar de enterros de tesouros ou de uma luz misteriosa no céu. Fontes de informação e entretenimento do povo da região, os causos pantaneiros são narrativas orais conservadas e transmitidas pelos moradores da maior planície alagável do mundo. Nascido em Ivinhema (MS), Ricardo Pieretti Câmara decidiu estudar essas histórias em seu doutorado em Humanidades, pela Universidade Autônoma de Barcelona. Ele foi atrás dos contadores de causos entre os moradores das fazendas do Pantanal e observou que as narrativas pantaneiras, assim como o próprio Pantanal, são moventes e dinâmicas, mas há uma forma e um conteúdo que se preservam. Escolhendo dez contadores muito especiais, todos do sexo masculino, em seis municípios distintos, o pesquisador não poupou os ouvidos: escutou 161 histórias. Ricardo Pieretti apresenta para os leitores da Cultura em MS um gostinho dessa pesquisa.
“– Eu caço onça aqui, no Pantanal e agora esses dia me passaro um rádio amador lá de Corumbá, que a onça tava, o pessoal num podia saí na cidade, de Corumbá, né. A onça tava comeno. Aí eu fui pra Corumbá. Olhei no relógio, né. O relógio meu pesava quarenta quilo. Era tudo de ôro, né. Quando ficava escuro, eu ligava ele e crareava iguarzinho agora. De diamante com ôro, né, e brilhante. Aí eu ia ino, assim, (se levanta e caminha) n’um triero, de vagarzinho. De repente a onça pulô ne mim e eu saltei de lado e soquei o pé esquerdo nas güela dela. Soquei o pé esquerdo. Eu tava até, de um lado de butina, do otro lado descarço, né. Soquei o pé esquerdo nas güela dela. A cabeça dela veio pará na casa do prefeito, em Curumbá”.
“Quando o prefeito abriu a porta, pra entrá no gabinete dele, tava a cabeça da onça, lá. Varô a telha, quebrô a lage e caiu na mesa. A cabeça dela era desse tamanho, assim. (faz um círculo com os braços) Ele falô: – Isso aí tem que sê o Perigoso, né, no pode! – E foi eu memo, né. Mais uma bichona! Oh o mãozão dela, oh! Dessa grossura. (demonstra um círculo do tamanho de um prato) De um lado de botina, do otro lado descarço, né, soquei o pé esquerdo nela, paaau! Avoô a cabeça.”
O relato é de Seu Perigoso, famoso contador de causos de Maracaju e cercanias. Ele se auto-intitula o maior matador de onças do Pantanal e diz que com uma bala já matou mais de 500 de uma só vez. Valmir Noberto dos Santos é o nome de batismo da fera. Ele nasceu em 1942, na fazenda Água Fria, no mesmo município. Trabalha esporadicamente nos pantanais como furador de poço.
A primeira vez que estivemos em sua casa para ouvi-lo foi no dia 12 de setembro de 2003. Já na porta ele nos alertou que estava cansado e meio tonto, pois tinha chegado no dia anterior de Nova York com o supersônico que seu padrinho Leonel Brizola lhe emprestara.
Quem garantia a veracidade nas narrações de Seu Perigoso era Dona Cida, sua mulher. Ela sempre esteve ao lado do marido para confirmar a história, lembrar de outras e participar de algumas. Há dois anos ela faleceu. Durante os três meses de luto, Seu Perigoso não contou causos. Ele mora com a família em um bairro pobre de Maracaju. É pai de nove filhos, cinco mulheres e quatro homens. Quem lhe ensinou a arte de matar onça e de contar causos foi seu pai.
– Meu pai tinha uma espingarda de treis cano, assim. Ele (se levanta para explicar melhor) botava a espingarda num gaio de pau. Botava, assim, e ia circulano. Amarrava um barbante e desenrolava no chão, de noite. Deixava armada e gatiada, né. Quando a onça pisava no barbante, saía o tiro, peei! No otro dia ia vê, tinha quinze, vinte onça morta. Treis cano assim. (manuseando um objeto imaginário) Um aqui ó, um do meio e um aqui. Dava as treis partida. Com mil quilo de chumbo. Chumbão grande. Botava cem quilo de pórva e a onça pisava no barbante, né, e estorava o tiro lá, paaau! Saía nos treis gatilho. Eu falei: – Eu vô lá, vô lá pra sete horas. – Cheguei lá, tava aquele monte de onça morta. A bala só passava no ouvido, assim. Dentro do buraco do ouvido da onça. Então o bicho ficô famoso, né. Aí pusero eu de Perigoso, né, pra eu matá onça também.”
Seu Perigoso faz parte de um grupo de artistas que está em extinção: os contadores de causos. O causo pode ser considerado um gênero poético expresso oralmente e que tem sua temática fincada na regionalidade. Em nossa região, essas narrativas são mais visíveis no Pantanal e por isso são conhecidas como causos pantaneiros. Eles são contados principalmente nas rodas de tereré e retratam o cotidiano real e imaginário do pantaneiro. Munido apenas de sua experiência e de muita imaginação, o contador cria, com gestos e expressões, um cenário e nele desenvolve uma ação narrada.
Os contadores podem ser divididos em três categorias: os livres, que não dão importância ao julgamento de seu ouvinte e assim ultrapassam qualquer barreira do sentido da realidade; os moderados, que não querem parecer mentirosos e para isto criam certos limites de verossimilhanças; e os reprodutores, que fazem questão de evidenciar sua reserva na veracidade dos fatos narrados.
Nem é necessário dizer que Seu Perigoso é um belo exemplar do primeiro grupo. Além da falta de compromisso, os narradores livres abusam da gestualidade e fazem de sua narração uma encenação dramática. Os gestos diminuem nos contadores moderados e quase inexistem nos reprodutores.
Passados os três meses de luto de Seu Perigoso, ele voltou com tudo e sua neta de sete anos passou a ocupar o papel da avó na função de fiadora das histórias, como a que segue abaixo:
O causo das três onças montadas
“– Onça? A federal pediu pra mim num matá mais, né.
– É, pediu?
– É pra pegá ela viva.
– Ah! É pra pegar ela viva? E o senhor tem pegado?
– Aí eu comprei um gravadô lá na Argentina… Uma bateria, uma televisão, um gravadô, né. Guardei assim ó, dentro de uma mata, eu puis um tendão assim ó, com dois metro e meio de cumprimento, né, liguei a bateria pra crariá lá a televisão, e quando amanheceu o dia o patrão falô:
– Perigoso sumiu! – E eu vinha muntado nas treis onça. Muntado nas treis. Eu abri as perna, assim… eu muntado nas onça.”
E assim Seu Perigoso vai contando causo. Ele já foi assunto de tese de doutorado, defendida no “estrangeiro” e por último foi filmado no documentário “Os Causos: uma poética pantaneira”. Se duvidar, logo, logo se descobre que suas histórias são a mais pura verdade.

Autor: Ricardo Pieretti

11/08/2014

A ONÇA GAÚCHA




Em Cidade Gaúcha, no Noroeste Paranaense, os pioneiros Fernandez e Euclides decidiram caçar uma onça que invadiu o chiqueiro de Fernandez e comeu alguns porcos em 1957. O que os caçadores não esperavam é que a onça, matreira como era, não cairia tão fácil na emboscada.
Nos anos 1950, Cidade Gaúcha, que surgiu para abrigar migrantes do Sul do Brasil, era um pequeno vilarejo envolto por mata primitiva. Um lugar onde a derrubada de mata e as queimadas faziam parte do cotidiano. Em meio a tal cenário já despontavam as onças, animal que foi considerado o mais perigoso da fauna noroestina.
Na descrição dos pioneiros de Cidade Gaúcha, eram “enormes gatos” com um “miado” díspar e grave que ressoava pelo povoado durante a noite e podia ser ouvido a quilômetros de distância. Chamava atenção pela estatura, pois grande e pesada ainda conseguia ser veloz. O animal se pendurava nos galhos das árvores mais altas e lá ficava imóvel por horas, até o momento oportuno de dar o bote.
Os pioneiros Euclides e Fernandez relataram décadas atrás que era muito complicado matar uma onça. No entanto, o juízo sempre cedia à cólera quando um colono chegava em casa e se deparava com alguns de seus animais mortos ou levados pela felina. Exemplo foi o colono Fernandez que perdeu parte da criação de porcos para a onça. Irascível, o pioneiro previu o retorno do animal conhecido por dizimar criações de suínos, bovinos e equinos.
Fernandez não imaginou outra solução que não caçá-la antes que levasse o que sobrou da criação. Contou com a parceria do amigo Euclides, exímio caçador que há muito tencionava eliminá-la. O fato das baixas nas criações serem sempre provocadas pelo mesmo animal despertou um misto de ódio, excitação e senso de justiça. Não reconheciam que o invasor por aquelas bandas era o homem e não a onça.

A caçada mal sucedida

Tudo foi preparado previamente, e no dia seguinte pela manhã, Euclides e Fernandez, acompanhados de dois cães de caça, se embrenharam na mata. Depois de percorrerem alguns quilômetros a pé, soltaram os cachorros para farejarem os rastros da onça. Logo começaram a rosnar e latir, até que de repente o silêncio tomou conta do lugar. Um dos cães sumiu e o outro retornou ofegante e assustado. Para Fernandez, só podia ser um sinal de que a inimiga estava próxima. Ajeitaram os gatilhos das espingardas e, sem piscar, deram alguns passos até ouvir o som que emanava dos galhos de uma árvore. Lá estava a felina, como se os aguardasse, atenta a cada movimento dos caçadores.
Quando Fernandez deu o primeiro tiro o animal saltou. Com as patas, dilacerou seus braços e ombros – na região da escápula e do úmero. O estrago foi tão grande que o homem sentiu as garras da onça roçando os ossos. Para piorar, o gatilho da espingarda de Euclides falhou no momento do ataque. Desesperado ao vê-la sobre o companheiro, o caçador tirou uma peixeira da cintura e a golpeou. Mesmo ferida, a felina atacou os dois braços de Euclides, destruiu a espingarda e depois fugiu pela mata.

Apesar de muito machucados, os dois foram encontrados por colonos e levados para o hospital de Rondon. Lá, segundo o frei alemão Ulrico Goevert, que vivia em Paranavaí, estavam com febre alta e braços e ombros atados.
Dias depois, os colonos voltaram à rotina. Mas só até a mulher de Fernandez revelar que a onça levou o seu melhor porco. “A raiva o cozinhou por dentro. Parecia que a vergonha causada pela onça doía mais que o ferimento nos ombros”, comentou Frei Ulrico no livro “Histórias e Memórias de Paranavaí”. À época, o padre estava participando de uma missão religiosa em Rondon e Cidade Gaúcha.

Uma nova emboscada

Sem pestanejar, Fernandez pegou novamente a espingarda, a municiou e foi até a casa de Euclides convidá-lo para a caçada. O amigo aceitou, ajeitou a peixeira na cintura e seguiu o companheiro. De acordo com os caçadores, era preciso mais cautela porque a onça ferida sempre foge do perigo. Acompanhados por um cão de caça, seguiram as pegadas do animal e o avistaram devorando o pernil de um leitão. Rapidamente, Fernandez puxou o gatilho e acertou o peito da onça que ainda tentou resistir, mas faleceu.
A primeira coisa que fizeram foi medir a felina. Tinha 2,64m de comprimento e pesava mais de 100 quilos. Orgulhosos, Fernandez e Euclides tiraram várias fotos ao lado da onça-pintada morta. “Quando vi a magnífica pele do animal já curtida brotou em mim o desejo de pendurá-la no Seminário Carmelitano Teresiano de Vocações Tardias, em Bamberg [no Estado da Baviera, na Alemanha], para despertar nas novas gerações de missionários a alegria da caça a onça”, destacou o padre alemão.  A pele da felina foi leiloada por cerca de dois mil cruzeiros e o dinheiro doado para o Hospital de Rondon que atendia principalmente os mais pobres.

Saiba Mais

Nos anos 1950, alguns pioneiros pagavam muito dinheiro para caçadores livrarem suas propriedades das onças.

Observação

Como está claro no texto, nem mesmo os mais civilizados tinham consciência de que o homem era o verdadeiro invasor.

Fonte: David Arioch - http://davidarioch.wordpress.com/

07/11/2013

LOBISOMEM DE POCONÉ ATERRORIZA COMUNIDADE



As 12 famílias de  uma  pequena comunidade rural, entre Porto Cercado e Flechas, as margens do Rio Cuiabá, no distrito de Poconé (Mato Grosso), tem vivenciado longas noites de terror... Uma criatura monstruosa tem tirado o precioso sono dos seus moradores, que eles afirmam ser um "lobisomem".

Para congelar o sangue


Ataques na madrugada, animais estraçalhados e destruição de propriedades. Os relatos dos amedrontados campesinos descrevem a criatura misteriosa como um animal de grande porte, quase humanoide, com o corpo coberto de pelos negros, mal cheiroso, de rugido e gemido esganado, que se locomove como um cachorro desgovernado pelos campos .



O agricultor Luiz Valdiomar, 56. relatou-me os momentos de terror vivenciados por ele e sua família.

"Meu senhor, era umas duas da madrugada. Eu e a minha familia acordemos com essa gritaria dos infernos no terreiro de nossa casa. Rapaz, o bicho era do diabo mesmo, ora esturrava, ora vomitava, era como se estivesse engasgado! Ele não deixou nada em pé, as roupa do varal, baldes e bacias, até a cerquinha de arame farpado ele rancou. Até os meus cachorro, acostumado a enfrentar onça brava, fugiram com medo do bichão. Ele também tentou entrar na minha casa, forçou a porta que dá para o quintal e o janelão, as marcas das unha dele estão aí para comprovar. ...mas dentro da minha casa, a prosa ia ser diferente, eu ia botar ele no chão em dois com o meu facão."




Animais estraçalhados

Para não contrariar a tradição dos Lobisomens brasileiros, o monstro de Santana tem também a predileção por carne de frango. O Agricultor Mariovaldo Barros,  52 anos, teve mais de "dez galinhas" devoradas pela fera.

"havia separado umas 15 galinhas para uma venda, naquele viveirinho acolá, quando chegamos pela manhã só encontramos o "sangue e tripas" das penosas.


Comunidade pede ajuda às autoridades competentes

Os ataques constantes da fera, a sensação de medo, além das perdas materiais, é um drama real vivenciado pelos seus habitantes. Esse quadro de terror, típico de "trash-movie norte-americano" alterou definitivamente o cotidiano dos seus moradores. O temor por novas aparições da besta tem levado a maioria das famílias a se recolherem em suas casas, antes mesmo do escurecer. Por conta disso, as atividades tradicionais como a missa, a pescaria noturna, a prosa entre vizinhos e até mesmo a cachacinha no botequim do Seu Zélio, foram suspensas por motivo de insegurança.

Os agricultores, em algumas situações, fazem sua própria segurança, organizando patrulhas noturnas, afim de preservar suas famílias e animais. Segundo um morador, que pediu para não ter seu nome identificado, as autoridades já foram alertadas.
"Eles mandaram a gente procurar o IBAMA. Que tudo aquilo era obra de alguma onça."

O último ataque aconteceu em maio deste ano. O Lobisomem de Santana já causou prejuízos de R$ 10,000.00 aos seus moradores.  Felizmente, nenhuma vitima humana.

05/11/2013

CHUPA CABRA ATACA ANIMAIS NO SERTÃO NORDESTINO


Os moradores do Sítio Vassouras, zona rural do município de Coité do Nóia, estão intrigados com um mistério. Há pouco mais de duas semanas, nove animais de uma mesma propriedade, foram mortos em uma única noite. Os bodes amanheceram com marcas de mordida nos pescoço e cortes na região da barriga. O dono da casa não ouviu nenhum barulho e rastros não foram encontrados no dia seguinte, por conta da chuva.

A proprietária da casa e comerciante Adriana Aureliana Barbosa de Oliveira, 29 anos, conta que as mortes aconteceram na noite de uma sexta-feira. “Já de manhã, quando minha cunhada veio aqui, ela foi ao quintal e ficou desesperada vendo que os bodes tinham morrido”, afirmou. Ela disse, ainda, que os animais estavam todos espalhados pelo local. Oliveira destacou outro detalhe: dois dos bodes tiveram as orelhas arrancadas. “As orelhas estavam comidas, não tinha pedaço nem nada”, acrescentou.

Alguns moradores acreditam que as mortes podem ter sido causadas por cachorros, mas o dono da propriedade, José Souza Oliveira, 37 anos, descarta essa possibilidade. Ele diz que mora no local há 15 anos e nunca viu nada parecido. Quanto aos cães, ele conta que “não é possível que não tenha ouvido nada”. O comerciante revelou que tem dois cachorros em casa, mas no dia das mortes, eles estavam trancados. “Quando fui ver os bodes, os cachorros ainda estavam presos”, complementou.

Sem saber o que fazer – já que comprou os animais pelo preço de R$ 2.500; valor que ainda não foi quitado -, José falou que foi orientado por vizinhos a acionar a polícia. “Nem os policiais sabiam dizer o que houve. Eles ficaram mais assustados do que a gente”, contou. Em seguida, ele afirmou que depois da ida dos policiais, enterrou os animais na propriedade, todos juntos.

Perguntado se alguém com quem já teve desentendimentos pode ter causado as mortes, o comerciante destaca que no localizada a maioria dos moradores são familiares e que a possibilidade disso é infundada.

Ele, que criava os animais há dois anos, diz que pretende comprar mais, mas está com medo. “Os que sobraram estão todos presos”, lamentou. Dos bodes que sobraram dois – mesmo machucados – ainda sobreviveram; um deles com um corte no pescoço recebe cuidados especiais, já o outro resistiu aos arranhões por apenas três dias.





Casos sucessivos assustam moradores


A última ocorrência se deu na sexta-feira, 1º, no acampamento de desabrigados conhecido como “Rua da Lama”, onde um porco de aproximadamente 15kg foi encontrado dilacerado, com os órgãos internos extraídos. Os proprietários do animal, os agricultores Joaquim Targino e Maria José Pereira ficaram aterrorizados com a cena, que chamou a atenção de toda comunidade local.

A morte dos animais reacendeu o mito do animal ‘sobrenatural’ e instalou o pânico entre os moradores, que já estão realizando novenas e procissões na região. A reportagem do Alagoas24horas entrou em contato com a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), cujos veterinários não descartaram a existência de animais selvagens, como onças, atacando as espécies da região.

Os veterinários alertaram que os ataques seriam consequência de vários fatores, entre eles desmatamento e ocupações irregulares. Os técnicos destacaram, ainda, que na região de Rocha Cavalcanti funcionou durante vários anos o abatedouro de União dos Palmares, onde animais selvagens poderiam adquirir alimentos.

A reportagem tentou contato com a Vigilância Sanitária do município para saber se alguma medida está sendo adotada para investigar os ataques aos animais de cativeiro, mas não obteve êxito.





Chupa o sangue e tira o fato e o fígado

 

Após a morte dos nove bodes no sítio de José de Souza, moradores contam que pelo menos outros cinco casos já aconteceram. “Chupa o sangue e tira o fato e o fígado”, diz a agricultora Neusa Maria Cavalcante de Oliveira, que mora na região há 36 anos e afirma estar assustado com a onda de violência contra os animais.

“Não acredito que é cachorro. Deve ser um animal que ninguém sabe quem é. Isso é um bicho precisando de reza.” Essa é a explicação da agricultora para o segundo caso. Segundo ela, um bode foi arrastado de um sítio e foi parar no Alto de Santo Antônio, a uma distância de 1 km. “Também não foi uma raposa, como ela pode carregar um animal de 30 kg?”, questiona Neusa Maria.

Para os moradores, as mortes estão causando medo, já que os registros de animais vítimas das mordidas e cortes estão acontecendo apenas na localidade.

Apoio: 7 Segundos/Alagoas 24 horas

30/10/2013

LOBISOMEM DE POCONÉ: O RETORNO


Prezados amigos, em razão dos meus compromissos profissionais, o nosso blog esteve desatualizado por vários dias. Felizmente, estou de volta ao nosso tenebroso sertão virtual, e retornarei a todos vocês (emails e telefonemas). O reconhecimento é gratificante e um poderoso estimulante para qualquer jornada. De acordo com os mecanismos de estatísticas do Google, este blog foi apreciado por mais de trezentas pessoas, mesmo com a prolongada pausa. São demonstrações  como essas, que nos incentiva a continuar este trabalho. Os meus sinceros agradecimentos a todos pelo reconhecimento.


LOBISOMEM DE POCONÉ ATACA OUTRA VEZ

Na tarde do dia 08, uma terça feira, recebi o telefonema do Sr. Valdiomar Cirilo, 56 anos, morador da zona rural do distrito de Poconé (Mato Grosso). Infelizmente, não pude atende-lo naquele momento, retornei o contato na semana seguinte.
O Sr. Valdiomar relatou mais uma aparição do Lobisomem na região. Ele garante que viu a criatura, atacando as galinhas e cachorros do seu sítio; durante o ataque da fera, um cão do sitiante foi morto.


LOBISOMEM QUEBRA PESCOÇO DE CACHORRO

"Por volta das 02 (duas) horas da madrugada do dia 28 (agosto), fomos acordados com os latidos
dos cachorros no sítio, o barulho vinha das proximidades do galinheiro, imaginamos ser a presença de mais uma onça ou até mesmo uma raposa. Peguei a minha lanterna e os foguetes (fogos de artifício) e abri a janela (da cozinha), apontei a lanterna para o galinheiro, e vi um homem, cabeludo, barbudo, com o corpo coberto de lama, como um louco, de cócoras, ele lutava com os nossos quatro cachorros. A claridade da lanterna o deixou incomodado, esturrando como um animal selvagem, ele rastejou, de quatro em minha direção, disparei os foguetes contra ele, que recuou, esperou alguns instantes e entrou na mata, de onde não voltou. Pela manhã, havia manchas de sangue e pedaços de roupa, um dos nossos cães, agonizava com o pescoço quebrado, tive que sacrificá-lo. Estamos bastante preocupados com a presença dessa criatura em nossa região, a maioria dos moradores não possui armas de fogo, as autoridades zombam das nossas denuncias".

ATROPELADO POR UM LOBISOMEM

O agricultor José Evanardo foi atacado pela criatura. Ele conta que durante uma caçada noturna de porcos (javaporco) em sua propriedade, foi surpreendido por uma criatura, preta, saindo do milharal a toda, em sua direção.

"Éramos em quatro, eu, meu filho e dois cunhados, estávamos na minha roça, caçando uns javaporco, já era madrugada, ao passar pelo milharal, ouvi um barulho no mato seco, adentrei na plantação silenciosamente, e do nada, surgiu essa criatura preta, quando me avistou, recuou, mas depois veio a toda em minha direção, foi tudo muito rápido. Eu gritei, e ameacei atirar, mas ele tentou saltar, ou coisa parecida, e acabou trombando em mim. Eu fui praticamente atropelado pelo lobisomem. Ele tinha o corpo coberto de lama, e fedia muito".


GRUPO DE CAÇA AO LOBISOMEM

Para o agricultor José Evanardo, a solução foi organizar um grupo de caça ao Lobisomem.

"Além de todos os prejuízos materiais, a privação de liberdade, as noites mal dormidas, tememos muito pela segurança de todos, principalmente dos mais indefesos: idosos, mulheres e crianças. As autoridades responsáveis pela segurança da região, desconversam, afirmam que casos dessa natureza, não é função deles, muitos fazem piadas. O clima de insegurança só cresce a cada aparição do Lobisomem, todos estão com muito medo. Hoje foram galinhas e cachorros, amanhã uma vida humana, quem pode afirmar que não?! Decidimos por conta própria, formar este grupo de patrulhamento, são 21 voluntários, distribuídos em motocicletas, carros e até cavalos. A nossa meta é captura-lo vivo, só faremos uso de armas em último caso."

A nossa reportagem entrou em contato com o comando da Polícia Militar Ambiental, mas não obteve sucesso.

Beto Pajé

03/10/2013

DISCO VOADOR ASSUSTA MORADORES DO SERTÃO CEARENSE


A presença de objetos voadores não identificados são comuns no sertão nordestino. São incontáveis os registros de aparições de supostos  OVNI, até mesmo abduções, naquela região castigada pela seca.
O grande fluxo de fenômenos dessa natureza vem atraindo estudiosos de vários estados do Brasil e até mesmo estrangeiros, gerando uma significativa e rentável fonte turistica.

No dia 26 de outubro, um disco voador foi visto e fotografado na localidade de Martinica em Forquilha, estado do Ceará. Os jovens Antonio Leandro Martins, de 23 anos e sua namorada Francisca Fabiana Rebouças, 19 anos, retornavam de uma vaquejada em uma moto, pela CE-230, quando perceberam um estranho objeto de luz amarelada estático no céu, .

Eles pararam a moto e usando o aparelho celular passaram a fotografar a curiosa fonte luminosa. De acordo com os jovens, o OVNI estava relativamente distante, mas perfeitamente visível, o céu estava parcialmente limpo. Para a surpresa do casal, o objeto luminoso passou a se movimentar, lentamente e verticalmente, em direção ao norte, para em seguida fazer uma curva de 90 graus (ou menos), posicionando-se em direção aos jovens.

"Ele estava relativamente distante e imóvel no céu. Fiz em meu celular algumas fotos, infelizmente, por falta de espaço no meu celular, não pude fazer nenhum vídeo. Para nossa surpresa, o aparelho começou a se mover, lentamente em linha reta, depois fez uma curva fechada,


e aos poucos foi se aproximando de onde nos encontrava-nos, em poucos minutos, estava a menos de 30 metros de nós, era silencioso, emitia apenas um leve ruido, bastante iluminado, uma luz de cor prata, muito intensa. Repentinamente, ele fez um voo rasante sobre as nossas cabeças, foi muito rápido, mas deu para fazer uma foto da sua fuselagem.


Boa parte dos moradores de Forquilha já avistou algum tipo de objeto voador iluminado estranho, existem casos até mesmo de vitimas, como o de um agricultor que sofreu queimaduras nas costas, após ficar exposto a luz de um  OVNI.

02/08/2013

A MAIOR SUCURI DO BRASIL


Se você pensa que a "cobra sucuri que engole boi" é mais uma lenda de caipira, vai chupando essa imagem.

Uma sucuri de aproximadamente 12 metros de comprimento, vem atacando animais em uma área rural próxima à um afluente do Rio Paraguai, em Cacéres - MT. Pelos relatos dos moradores, foram atribuídos ao famigerado boídeo, os desaparecimentos de bezerros, potros, porcos e até mesmo cães. Todos supostamente devorados pela gigante anaconda.

Esta semana, a predadora foi flagrada em pleno ataque a um bezerro, quase adulto, por um grupo de turistas paulistas, em um hotel fazenda da região.

Segundo os relatos de alguns turistas, que presenciaram a cena, o bezerro já se encontrava quase desfalecido, envolto ao abraço mortal do gigantesco réptil.

Quando os empregados do hotel fazenda chegaram em auxílio ao pobre bovino, a serpente não teve outra alternativa, se não deslizar lentamente para o rio, abrindo mão, do seu saboroso almoço.

Um morador afirmou que animais daquele porte não são comuns na região. A sucuri, a onça pintada e o porco do mato são as feras mais temidas pelos sertanejos de Mato Grosso. Geralmente, quando encontradas, são mortas pelos locais, ou aprisionadas e removidas pelo IBAMA para reservas ambientais.